Temos aí o exemplo típico do principal. O acessório surge no liame que existe entre a arte arquitetônica e sua roupagem, a qual se constitui nitidamente na pintura, escultura, alfaias em geral e, principalmente, em nosso caso, no mobiliário e deverá conter o sinete de qualidade, em forma e harmonia, dentro do interior onde ele será esteticamente pousado. Ao referir-me à sua forma anatômica, quero dizer conforto, e no que tange às suas linhas, há-de prevalecer, sempre, leveza e harmonia, a fim de constituírem, juntas, um fascínio para o observador.
Em sua atividade arquitetônica, ainda como estudante, Aída projetou e construiu, em sociedade com dois colegas, uma dezena de residências no Rio, valendo-se para tanto, do generoso apoio de seu estimado mestre Professor THALES MEMÓRIA.
Logo após concluir seu curso, recebeu de seu pai a incumbência de projetar e construir um edifício de quatro andares no Rio de Janeiro, tendo seu experiente progenitor estabelecido como única condição para confiar-lhe a tarefa, que seu encarregado de obras fosse mais moço do que ela, então com 22 anos, pois, do contrário, o sucesso da edificação seria a este creditado e não à jovem arquiteta.
No curso de seu itinerário profissional, convém ressaltar alguns projetos, os quais, entre outros, marcaram sua sensibilidade artística. Foi convidada pelo Professor CÂNDIDO MENDES para executar o projeto para a restauração do Convento do Carmo (séc XVI), então com características complementarmente diferentes da época em que D. Maria, a Louca, o habitou. Recebeu, com orgulho, durante a elaboração desse projeto, a aprovação do insigne arquiteto LÚCIO COSTA. |